Fragmentos



Morre-se uma vez na vida. Certo? Errado. Vive-se uma vez na vida. Morre-se algumas vezes na vida. Morremos algumas vezes ao longo dela. Várias. Aos poucos. Uma hora aqui, outra ali. Deixando um pouco de nós mesmos em outras pessoas. Perdendo um pouco de nós mesmos em outras pessoas. No fim, somos o que restou, o que ficou do que foi doado. Fragmentos de alguém. E é exatamente pela doação, pela fragmentação ao longo de toda a longa, ou breve, vida, jornada, que não se morre em definitivo. Vive-se em definitivo, isso sim. Mas morrer de fato... Nunca! Sempre sobrará algo nosso. Em algum lugar. Em alguém.

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