Sacrifício



A sensação é de que venci a maior batalha de minha vida, mas, como consequência, perdi a guerra. Mas sei que a história será escrita, e contada, por você, meu amor. E realmente espero que seja uma história feliz.

Cora(tra)ção.



Existe algo em você,
Não sei ao certo o quê,
Mas que funciona como um imã.
Que me puxa, me atrai,
Me segura e me mantém.
Talvez não seja algo em você,
Talvez seja algo dentro de mim,
Mas que pertença a você.
Talvez não só puxe, talvez pulse!
Talvez não só atraia, talvez bata!
Talvez não seja apenas sobre atração,
Talvez, também, seja sobre amor...
De corpo, alma e coração.

Minha Íris Tem Seu Nome, Minha Íris Chama-se Monica



Eu te vejo aonde pouso meus olhos.
Eu te vejo nos meus olhos.
Eu te vejo em todos os lugares que vou.
Pois mesmo que você não esteja lá, eu estou,
E assim, de alguma forma, você também está.

Eu sei que não é normal sentir tanto a falta de alguém assim,
E sei também que deve existir alguma razão dentro de mim.
Algo que, mesmo em vão, justifique racionalmente o que sinto.
Mas algo que me permita permanecer são e salvo de você...
E principalmente de mim.

Shhhhhhilêncio!!!



Meu silêncio grita daqui.
O dela grita de lá.
E assim nosso silencioso diálogo não se cala,
Permanecendo para sempre assim, calado.

Não Há Saída



Eu não mereço você.
Não há nada no mundo que eu mereça.
Não há nada neste mundo pra mim.
Não há lugar que eu me encaixe.
Nem coração que me aceite.

Duzentos Mil Litros de Saudade



Eu falo por experiência própria. Já me afoguei, fiquei desacordado, tive que sofrer massagem cardíaca e respiração boca-a-boca. E digo: sentir saudades é a mesma coisa. Por mais que você puxe o ar, ele não vem. Por mais que você chore, suas lágrimas se misturam, se perdem naquilo que está lhe matando. Por mais que me debata, não alcanço a superfície. Tô me afogando de novo. E dessa vez não tem quem faça o coração bater forte novamente. Não tem que traga na boca o ar renovado. Um novo fôlego. Esperança. A saudade é mais funda que o chão do rio, do mar ou do oceano. Bem mais funda. Eu falo por experiência própria.

Minha Visão do Tempo



A vida acaba onde começa o amor. O amor acaba onde começa a morte. Sim, nada de vida e morte apenas. São três grandes ciclos que permeiam nossa existência terrena. A partir do momento em que conhecemos o amor, estamos condenados a buscar entendê-lo até o fim de nossas existências. Vida é tudo o que vem antes disso. Aquilo é vida. Depois disso é amor. O amor é uma fase tão longa quanto a própria vida, mas corre paralela à ela. Complementam-se, completam-se, mas nunca se misturam. Vive-se, ama-se, morre-se. Só acaba o amor quando se acaba a existência, quando se morre, e não quando se acaba o viver. Este já se acabou, nos olhos, nos lábios, na voz, na pele, no suor, no coração acelerado, no frio na barriga, na confusão, bagunça e tumulto internos. Minha vida acabou numa tarde de quinta-feira bem colorida. De céu azul, paisagem verde gritante, e de um silêncio constrangedor, que eu trazia no peito desde que nasci. Silêncio este irrompido por aquele tom de voz o qual jamais viria a esquecer. Eu não vivi desde aquela tarde, aquele dia. Minha vida expirou naquela data aparentemente tão comum e banal aos olhos de terceiros, quartos e quintos. Eu amei dali em diante. O que veio em seguida era apenas amor. E ainda é. Hoje eu amo. Sou amor. Sou feito cento e um por cento de amor. E de amor serei feito, até que se faça passado de mim. Até que a morte chegue numa hora qualquer, e que o amor chegue então ao seu merecido fim.